terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pastoral Familiar é implantada

Após oito reuniões realizadas desde julho, foi implantada a Pastoral Familiar em nossa paróquia. A primeira reunião da nova pastoral aconteceu em 18 de setembro, ocasião em que foi apresentada a coordenação e definidas as primeiras atividades que serão executadas.

A Pastoral Familiar é organizada nacionalmente a partir da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida a Família da CNBB, com coordenações nacional, regionais, sub-regionais e, no caso da Arquidiocese de São Paulo, arquidiocesana, regional episcopal, setorial e paroquial.
A implantação foi conduzida pelo Pe. Ademar, assessorado pelo Casal Coordenador da Região Episcopal Santana, Ester e Sílvio dos Santos.

A Coordenação da Pastoral Familiar da Paróquia Santa Teresinha está assim constituida:

Assessor Eclesiástico:
  • Pe. Ademar Pereira de Souza
Coordenação Geral:
  • Casal Coordenador Geral: Ana Filomena Silveira Faleiros Garcia e Luiz Fernando Garcia
  • Casal Vice-Coordenador Geral: Meire Yurko e Sérgio Luiz Fonseca
Secretaria:
  • Patrícia
  • Jaime Henrique
Setor Pré-Matrimonial:
  • Casal Coordenador: Sandra Maria Luciano Leite e Luiz Carlos Leite
  • Casal Vice-Coordenador: Sônia e Cláudio
Setor Pós-Matrimonial:
  • Casal Coordenador: Maria Rosa Fernandes e Jorge Fernandes
  • Casal Vice-Coordenador: Angélica e Márcio
Setor Situações Especiais:
  • Casal Coordenador: Ivete e Jorge Caetano
  • Vice-Coordenadora: Branca
A primeira atividade será o estudo do Diretório da Pastoral Familiar, a partir do dia 19 de outubro, às 20h00, no Salão Superior.

XIV Congresso da Pastoral Familiar do Regional Sul-1

Com a participação de seis bispos, dezenas de padres e religiosos e aproximadamente 150 casais, aconteceu o XIV Congresso da Pastoral Familiar do Regional Sul-1, que abrange o Estado de São Paulo. Integrando a comitiva da Região Episcopal Santana, o Casal Coordenador da Pastoral Familiar da paróquia, Ana Filomena e Luiz Fernando, participaram intensivamente da troca de conhecimentos e experiências.

O evento foi realizado no Sítio Dom Carmelo, Diocese de Taubaté e foi conduzido calorosamente pelo Casal Coordenador da Regional Sul-1, Célia e Wanderley. O tema do Congresso foi Defesa da Família: "Família: berço da vida e de toda vocação". A seguir, um breve apanhado dos trabalhos realizados:

Sexta-feira, 11 de setembro

Após uma breve celebração litúrgica de recepção, os presentes foram brindados com um show palestra do Pe. Joãozinho, scj, que entre exortações a favor da família e da vida, cantou diversos de seus sucessos, dentre eles a homilia em forma de canção "Conheço um Coração".


Sábado, 12 de setembro

O dia começou com a Santa Missa, concelebrada pelos bispos presentes e presidida por Dom Joaquim Justino Carreira, Bispo de nossa Região Episcopal e Bispo Referencial da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo.

A primeira palestra foi apresentada pela Dra. Elizabete Kipling, que falou sobre os relacionamentos humanos, especialmente sobre as pressões sofridas por jovens e adultos em relação à liberação de sua sexualidade, fazendo com que a afetividade e o amor sejam relegados a um segundo plano. Observou que a busca do sexo por simples prazer, antes uma característica essencialmente masculina, está sendo hoje cobrada pelas mulheres auto-entituladas "liberadas".
Alertou sobre a banalização da vida propagandeada pelos meios de comunicação e para os lobbies que atuam nas casas políticas visando o atendimento de interesses econômicos de laboratórios farmacêuticos e outras instituições, que muito lucram com a mercancia da vida e da saúde humanas. Aponta algumas pistas para que a família encontre saída para esta banlização: a valorização da família, da nupcialidade e a atenção à vocação conjugal e familiar, com a presença viva de Deus e uma espiritualidade encarnada na doação do dia-a-dia.

Na sequência tivemos a palestra do Pe. Luiz Antonio Bento, Assessor Eclesiástico da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, que falou sobre a família e seus desafios oferecendo uma proposta de esperança e de trabalho pastoral. Ele iniciou sua palestra apresentando as novas realidades familiares que são muitas vezes apresentados erroneamente por interesses diversos à sociedade pelo sistema econômico vigente como “novos modelos familiares”. Assim encontramos a monoparentalidade, a família ampliada, entre outros. Mas o verdadeiro modelo familiar, segundo o padre, ainda é a da união de homem e mulher para o bem comum e para a constituição e educação de seus filhos. Pe. Bento trabalhou sua palestra destacando 6 pontos importantes nos desafios da família: a crise de sentido da vida humana e do seu relacionamento com Deus; a degradação do humano e a debilitação de seus vínculos (com a sociedade); a defesa e o cuidado da vida humana, desde a concepção até o seu declínio natural; a solicitude pelas novas gerações; a vida de Jesus Cristo em nossas famílias; e o discipulado missionário na família. Pe. Bento, após a apresentação dessas realidades motivou os agentes a fazerem uma opção forte por Cristo e pela Igreja, sem a qual não é possível caminhar como família.


Pe. Bento, Luiz Fernando, Ana Filomena e D. Joaquim

Após o almoço, os participantes reuniram-se em círculos, onde foram discutidos temas orientados por perguntas relacionadas com o conteúdos das palestras apresentadas. Foi um momento de rica troca de experiências, onde pudemos tomar contato com práticas que deram excelentes resultados em outras paróquias, bem como levantar alguns problemas comuns, tal como a desuniformidade dos cursos de preparação ao matrimônio, que não merecem a devida atenção e cuidado em inúmeras paróquias, sendo realizados em tempo insuficiente para abordar todos os temas indicados pela CNBB. Foi consenso que os bispos devem exercitar sua amorosa autoridade a fim de acabar com estes abusos e valorizar a preparação próxima e imediata para o matrimônio.

O casal Ana Filomena e Luiz Fernando no círculo (de costas, à esquerda)

Como última apresentação do dia, tivemos uma excelente exortação de Dom Carmo João Rhodes, Bispo da Diocese de Taubaté, com o tema “Família, escola de valores frente à realidade da pós-modernidade”. Dando vazão a todo seu carisma, Dom Carmo prendeu a atenção da platéia, iniciando sua pregação falando da situação da família que passa pelo relaxamento do casal com relação ao cumprimento de seus compromissos matrimoniais, como o de buscarem em sua união o próprio bem e a fecundidade. Fecundidade essa que não significa somente procriar, mas também educar os filhos. Passando pelo Código de Direito Canônico e pelo Catecismo, o bispo foi falando sobre o que a Igreja afirma como caminho para o encontro da pessoa e da família com Deus. Lembrou a fuga dos católicos da Igreja: não deixam de ir à praia, às festas, ao lazer, mas não têm tempo para Deus. “Falta interesse, convicção, valores… falta vergonha na cara”, desabafou. Observou que já começa a acontecer no Brasil o que é realidade na Europa: o esvaziamento das Igrejas. Dom Carmo dissecou também os diversos aspectos da Pós-modernidade que vão deteriorando o indivíduo e a família como consequência. “O mundo está voltado para o umbigo e um palmo abaixo”, afirmou ao ressaltar que a sociedade individualista e o egoísta desperta a atitude consumista e a busca desenfreada do prazer vazio e descartado do amor. Mas como bom pastor cristão que é, concluiu com otimismo dizendo da esperança em Jesus Cristo, artífice da conversão que leva à salvação.
Após mais um círculo, uma oração final comunitária marcou o encerramento das atividades do dia.

Domingo, 13 de setembro


Dom Carmo na homilia da missa do domingo

Em seguida à Santa Eucaristia, celebrada por Dom Carmo, o Pe. Flávio Cavalca, autor de diversas obras sobre a família cristã, falou sobre o tema "Família, berço da vida e de toda vocação". Em sua palestra, expôs que família e ser humano são dois conceitos inseparáveis, pois desde o Gênesis é possível entender que tanto homem quanto mulher não podem viver sozinhos, mas em relacionamento com outros homens e outras mulheres. Assim a família humana não é apenas uma realidade biológica ou social, mas, para nós cristãos, a família é uma realidade salvífica, onde há a maternidade, a paternidade, a fraternidade entre todos os outros dons que levam, através do sacramento, cada pessoa que dela participa à plenitude da vida. Pontuou que a família é lugar de geração de vida, não somente biológica, mas também social. A família é o ambiente primeiro da formação do ser humano, não podendo ser sua função substituída pelo Estado, pela Escola ou por outras instituições. Na família não cabe lugar para a exclusão, nem mesmo para os que caíram pela beira da estrada, como os drogados, os que têm problemas ou dificuldades de relacionamento, entre outros. “Se a família não lutar pela sua recuperação, quem a substituirá?” perguntou pe. Cavalca. Outros pontos destacados pelo sacerdote:
  • A pior tragédia do mundo não está sendo o aborto físico, mas sim o aborto espiritual, pois a família não está sendo comunidade baseada no amor e no respeito, que transmite a seus filhos a verdade de Deus e da vida.
  • A família deixa seus filhos soltos após a sua primeira comunhão, após a sua crisma, após o seu casamento… depois queremos correr atrás querendo que eles voltem a ser Igreja e a participar de um jeito que eles nunca aprenderam.
  • A família, antes de ensinar uma catequese doutrinária, que com o tempo esquecemos, deve ensinar seus filhos e filhas a amarem sempre com muita fé e a serem bons praticantes da caridade e da fraternidade, sendo disponíveis para o serviço e dedicados a amar sempre com muita fé, escolhendo com firmeza um caminho para sua vida (leiga ou consagrada) e seu ofício. Sem pensar somente na pergunta: “que profissão me será mais lucrativa?” Somente assim a família será fonte da vocação.
  • As famílias devem sempre esforçarem-se para uma ajuda mútua e por isso, vemos um papel importante para a Pastoral Familiar. Nada substitui um pai ou uma mãe, ninguém pode tomar esse papel da família. E por isso, a Igreja, através da Pastoral Familiar deve contribuir para que as famílias possam desenvolver seu verdadeiro papel dentro de cada lar.
Depois da palestra do Pe. Flávio, o Casal Coordenador Nacional, Tico e Vera, fizeram um balanço das atividades da Pastoral Familiar por todo o Brasil. Em seguida, as homenagens de praxe e a celebração de encerramento, às 12h00, seguida do almoço oferecido pelos anfitriões.

Carta de Taubaté

Como resultado dos trabalhos, foi elaborada a Carta de Taubaté, com as conclusões e propostas originadas das discussões e articulações acontecidas durante o Congresso. Fac-símile deste documento pode ser visto ou baixado aqui.