Cada dia mais casais, inclusive
casais maduros, se separam. Há inúmeros fatores para isto acontecer: a premissa
de que o importante é “eu” ser feliz, uma cultura relativista, de
relacionamentos descartáveis e assim por diante. Há muito o que abordar sobre
este tema, mas neste artigo queremos tocar dois pontos:
Por que casar? Por que você se
casou? Busque a resposta no mais íntimo de seu ser. É uma reflexão individual,
porque o Sacramento do Matrimônio exige liberdade. A decisão de casar deve ser
livre de qualquer vício ou incentivo. Deve ser por amor, que é, como sabemos,
total doação. É dar-se ao outro. “Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor
mútuo dos dois torna-se imagem do amor absoluto e indefectível com que Deus ama
o homem. É bom, muito bom, aos olhos do Criador. E este amor, que Deus abençoa,
está destinado a ser fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da
criação” (Catecismo da Igreja Católica – CIC, 1604). Ou como nos ensinava Dom
Joaquim: “fomos criados por Deus por amor, para sermos felizes fazendo o outro
feliz.”
Como podemos cumprir a promessa
feita no dia do casamento diante de Deus, da Igreja e dos nossos amigos e
parentes? “É por toda vida que o prometeis?” Mas o tempo passou, o casal mudou,
a vida mudou. O mundo oferece outros desafios, as pessoas estão mais sedutoras,
um não acompanhou o outro no tempo. Mas lembremos da Graça de Deus própria
deste Sacramento de vida que nos santifica. Aqui está a chave para se manter
casado por toda a vida: o casamento cristão não é a dois, mas a três. O esposo,
a esposa e Deus. Coloque Deus no centro de sua vida familiar. Aproprie-se desta
Graça porque é sua de direito pois Cristo é a fonte desta graça. ”Assim
como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e
fidelidade, assim agora o Salvador dos
homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento
do Matrimónio. Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem tomando sobre si
a sua cruz, de se levantarem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de
levarem o fardo um do outro, de serem ‘submissos um ao outro no temor de
Cristo’ (Ef 5, 21) e de se amarem com um amor sobrenatural,
delicado e fecundo.” (CIC 1632).
Feche seus ouvidos aos apelos
aparentemente sedutores e de felicidade imediata e cultive em sua casa o amor
eterno, possível somente com Deus.